terça-feira, 28 de outubro de 2008

OBAMA E O MUNDO

Barack Hussein Obama. Isso mesmo. Esse é o nome do provável futuro presidente dos EUA.
Negro, filho de muçulmano e com nome do ex “inimigo número 1 da América”, esse é o candidato que lidera as pesquisas de intenção de votos naquele país.

Num lugar tão preconceituoso e racista, como diriam alguns (claro, aqueles que não conhecem), como pode um homem com essas características, chegar tão perto de ser eleito para ocupar a Casa Branca?

Simples.

Os EUA são um dos países menos preconceituosos do planeta.

Um giro por qualquer cidade americana, um passeio por qualquer centro de compras, lojas e afins, verifica-se que é um lugar feito por estrangeiros de todas as nações, raças, línguas e credos, numa mistura quase única no mundo.

Salvo acontecimentos pontuais, a essência dos EUA é de não preconceito e isso se reflete claramente nas ruas do país.

Mais uma vez os EUA dão uma resposta àqueles que não conhecem seus valores. Que outro lugar do mundo civilizado elegeria um presidente como Obama? Quem sabe a Espanha? Itália? Alemanha? Inglaterra?

Não, isso só poderia mesmo acontecer nos EUA, disse recentemente um egípcio – sem ao certo saber o motivo - ao ser perguntado por um repórter de TV, o que achava da eleição de Obama. Porque aqui, completou ele, um não muçulmano nem concorreria as eleições presidenciais, gabava-se, em meio à sujeira das ruas do Cairo.

Faltou ao egípcio a percepção de que a democracia, os valores e a civilidade amplamente presentes na América, fazem sim, um negro, muçulmano e com nome de ex “inimigo número 1” ser eleito presidente.

Não sabia ele que, mesmo após o horror e a traição do 11 de setembro, os valores, a democracia e a civilidade ainda estão presentes na essência americana.

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