sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O BRASILEIRO O LIXO E A CULTURA EQUIVOCADA

A muito tempo tenho ouvido nos meios de comunicação que o país só vai se desenvolver e se tornar verdadeiramente uma nação, quando a educação for a prioridade dos governos.

Esquecida desde o descobrimento, realmente é um dos problemas que mais afetam, negativamente, a vida por aqui, em todos os sentidos.

Mas será que só esse é o ponto? Se afirmativa a resposta, como explicar que os abastados e a classe média que tiveram boa educação, moradores dos melhores bairros, que andam em carrões, viajam e etc., sujam as ruas e praias com seu lixo. Basta olhar a Avenida Paulista, a rua Oscar Freire, o centro da cidade, Jardins, Higienópolis. Nenhum está imune à imundice.

Em Campos do Jordão para a temporada de inverno, certa vez, era inacreditável a quantidade de lixo que se encontrava nas ruas, e nem se o diga em uma famosa praia do sul do Brasil, paraíso dos endinheirados, onde, no final da tarde, o lixo deixado pelos banhistas ruborizava os mais conscientes.

Sem meias palavras, o brasileiro é por natureza um porcalhão, mas por que será? Será só a falta de educação? Pelo que acredito, não. É além.

A questão é cultural e está ligada diretamente não só a esse fator como outros tantos que fazem o país ser a cara do terceiro mundo.

É uma cultura equivocada.

Como aquela, em uma tribo da África que não me recordo o nome, onde os garotos para se tornarem homens, aos 15 anos, precisam fazer a felação – até o fim - no chefe da tribo. É uma cultura. Mas errada!!

Exemplo emblemático foi que, em recente viagem aos EUA - país que, diga-se, é difícil encontrar, na maior parte de suas ruas, um palito jogado no chão, como também acontece em alguns países da Europa e Ásia - mais precisamente em um dos parques da Disney, ouvi uma menina brasileira de aproximadamente 12 anos comentar com sua mãe: “Há, por isso que aqui o chão é tão limpo” - referindo-se a um gari que limpava meia dúzia de milhos de pipoca, que acabara de cair de um saquinho de uma criança.

“É verdade” - respondeu sua mãe.

Não. Não é verdade. As ruas são limpas porque as pessoas não as sujam - deveria ter respondido ela, sem perder a oportunidade de ensiná-la.

Pobre garotinha, tão nova, já com os valores desvirtuados.

Pobre Brasil, mais uma pra jogar lixo em suas ruas.

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